sexta-feira, junho 13, 2008

O Nosso Amor Brilhará Para Sempre


O silêncio devastador que junta todos os silêncios do mundo. Procuro em ti sangue a fluir nesse corpo que te tiram por obrigação, e somente no meio da dor vislumbro o teu rosto tão parecido ao meu, de cabelo escuro, ofegando e desejando que o sol te brilhe com a intensidade medida para mais um dia de batalhas inigualáveis. É assim que te vejo, na perdição dessa cama que te amarra e ostenta o peso do corpo, de uma cidade que não é tua nem nossa e não a quero ver mais nestas circunstâncias que pedem a calma e a perseverança.

Mas tu já não estás mais aqui e dizer que é para sempre que o nosso amor brilhará parece um destino prometido enevoado de palavras vindas do fundo. Como eu te amo e te hei-de amar sempre, não sei mais nada. Nem procuro por ti, agora que estou despida, porque tu encontras-me ao teu lado, sabe Deus onde, nem lugar sem chão nem cor nem cheiro. A tua morada é dentro de mim e acreditar na eternidade de um ser é também acreditar em mim. Constrói um caminho bom para os meus sonhos. Não sei do que é que eles são feitos e também não sei o que é que és tu. Tantos desejos te peço em lágrimas de saudade, escrevendo o teu nome numa folha de papel solta do tempo. Há vezes que não oiço mais nada que o som da vontade de te abraçar e dizer-te ao ouvido que nunca morrerás aqui dentro.

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