Se a insensibilidade é estado de viver, crença na leveza do ser não constantemente preso ao segundo, faz-te pessoa dessa partícula. Encontrar-te mais, não consigo, não quero. Sinto-me bem em ti, no fabrico de partículas que se juntam para te criarem em mim. Não quero perder-te, nem a ti, nem a mim. A tua voz vale muito e tanto daquele todo que não te consigo explicar, e também não o quero. Sentimos a força das palavras e do toque que nos juntam por dias infinitos, na luz do sol que nos aquece, na luz do frio que nos distancia em momentos que não se entendem mas que fazem parte da bola, daquela bola de neve que cresce como um filho. Damos as bases e a estrutura faz-se sozinha, sem receios de ser mais que ontem. No meio da banalidade dos dias, esqueces-te de seres mais, e dás voltas a uma rotunda sem fim à vista, na constante fuga de te dares. Mas a tua forma de me amares fascina-me e assusta-me a vontade de te ver o sorriso e ouvir os teus passos junto aos meus.
Move…

1 comentário:
Bonito texto e ja agora...move cada vez mais ;)
Beijo
Enviar um comentário